Talvez você já tenha reparado que, ao abrir seu navegador, uma mensagem recorrente tem aparecido: algo sobre um tal Adobe Flash Player não ser mais suportado após dezembro de 2020. Para muitas pessoas, o fim do serviço pode não significar muita coisa, e é pouco provável que elas percebam a mudança, até porque a transição para outras tecnologias tem sido bem antecipada e gradual — a Adobe havia anunciado a descontinuidade do Flash em 2017, portanto houve bastante tempo para as adaptações adequadas. Porém, para quem está aqui há mais tempo como eu, o Flash representa uma grande, grande parcela do conteúdo de uma internet dos dias de infância e/ou adolescência, uma época anterior aos grandes detentores do tempo dos usuários, antes do Facebook, YouTube, Instagram. O texto de hoje é uma visita ao passado do Adobe Flash Player e também de todos os que cresceram com ele. Nada mais apropriado para uma despedida.
Ingredientes incluem literatura, opinião, computação, poesia, música. Pode conter traços de política e outros intensificadores de sabor. Alérgenos: contém verdade e sentimentalismo.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
o escritor desabafa outra vez neste fim de ano
Fim de novembro. Parece-me que minha meta imaginária de publicar um texto por mês neste blog se vê mais uma vez comprometida. Não que eu me importe tanto assim, eu costumo respeitar o ritmo da minha inspiração mais do que os meus próprios, às vezes. Apesar disso, vejo este site bem encaminhado pelos meses que virão a seguir. Ainda restam alguns rascunhos a se explorar. Esta publicação, por outro lado, não é um deles. Seu nascimento veio, como já se pode imaginar, de uma necessidade repentina de escrever sobre o escrever. Parece-me também que aqui se encontra um amontoado de reclamações e súplicas literárias que outrora comporiam páginas de um caderno qualquer. Mas, se me permite uma pequena confissão, eu não era muito adepto do papel e da caneta quando comecei a escrever. Havia algo de interessante em digitar. Acho que a melhor vantagem para mim sempre foi a velocidade. Quase sempre eu penso em várias coisas diferentes ao mesmo tempo quando faço um novo texto. Ideias contrárias, complementares, tangentes, comentários adicionais, decisões estéticas — tudo isso corre muito rápido dentro de mim, e às vezes é difícil acompanhar. Quando estou digitando, porém, tenho a sensação de que as teclas conseguem acompanhar as sinapses razoavelmente. Tenho tido aventuras em papel, sim, mas são experiências sensorialmente diferentes. Escrever para o gabesness; é um trabalho que gosto que seja digital. Gosto de ouvir o som do teclado e do meu progresso gradual, frase a frase. É gostoso. Mas não é tudo. Passam-se os dias, passam-se os meses, e volta e meia torno a salivar pela escrita literária, pelos contos, pelos poemas.
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
gabesness.com — novo site, antigas memórias
Se você ainda não percebeu, tem uma pequena diferença neste blog. Sutil, mas marcante. Se você reparar na URL (o endereço), o site agora é, oficialmente, gabesness.com! Não tem mais o "blogspot" no meio. Depois de quase dois anos escrevendo aqui, eu decidi que era hora de dar um passo a mais e comprei um domínio personalizado. Pode não parecer muito (também não foi nem um pouco caro para mim), mas sempre dá uma pontadinha de orgulho e felicidade ao ver cada pequeno crescimento, cada pequena decisão que deixa o que você faz do jeitinho que você imaginou. Comemorando a mudança do site, quero compartilhar minha estrada até aqui. Tenho muita coisa a falar. É sobre essa gratificação gradual que decidi escrever.
terça-feira, 6 de outubro de 2020
SIGAA 2.0 — Consertando o sistema de matrículas com Prolog
Acho que pela primeira vez a minha procrastinação quanto aos textos do blog me trouxe benefícios. O assunto de hoje está muito em pauta entre meus conterrâneos de faculdade, pois é época de rematrícula. Só esperemos que isso nos renda um pouquinho mais de visibilidade, não é verdade?
No último post sobre Prolog (leia aqui), eu falei sobre os fundamentos essenciais do paradigma declarativo de programação e o básico dessa linguagem em particular. Agora, eu lhes apresento o meu projeto extracurricular. Se eu não tivesse focado em outras coisas naquela época, ele até poderia ter ido pra frente, porque eu consigo enxergar certa utilidade nele. Por esse mesmo motivo, o post de hoje terá apenas o conceito principal, a estrutura e alguns aprimoramentos que eu tinha pensado para o meu projeto. Simbora que é dia de reclamar!
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
Jogos online que você (provavelmente) já jogou
Eu só gostaria de reiterar que a internet do início dos anos 2000 — em especial, a brasileira — é um lugar bastante peculiar. Algumas coisas que vocês podem ver aqui pode causar fortes sentimentos nostálgicos.
Vez ou outra, a gente se pega relembrando o passado. E a internet é um lugar bastante promíscuo para reviver as memórias, uma vez que está tudo registrado nos mares interconexos da web. Outro motivo é que a minha infância se deu praticamente online; eu morava numa rua bastante deserta e não saía com amigos até os 13, 14 anos, então a minha maior companhia era meu computador. O primeiro que tive foi um belíssimo Windows 98, com o monitor branquinho e de tubo, teclado igualmente branco. Uma relíquia nos dias de hoje que, apesar de não ter 10% da potência do meu atual, eu o manteria comigo pela lembrança e nostalgia.
Enquanto eu descobria o mundo virtual, uma coisa que me prendia durante horas em frente ao computador eram jogos online. Apesar de eu ser um cliente frequente dos jogos em flash do Click Jogos, encontrar esses jogos povoados por outras pessoas foi uma revolução para a minha cabeça de oito anos de idade. Eu os joguei durante muito tempo, alguns mais, outros menos. Hoje, reúno aqui uma pequena lista de jogos que você talvez conheça ou já tenha jogado.
domingo, 19 de julho de 2020
PROLOG: Uma linguagem surpreendente
Eu estou apenas começando o meu 5º período na faculdade e me sinto especialmente motivado a continuar meu curso, apesar de dois de meus períodos não terem sido tão bons quanto eu gostaria. Essa motivação se deu em parte por uma matéria que fiz no penúltimo semestre: Lógica para Computação.
Nessa matéria, nós aprendemos coisas bastante familiares sobre lógica, como o que se chama de lógica proposicional - coisa com que concurseiros já estão familiarizados - e alguns assuntos mais avançados, como a lógica de predicados e o PROLOG, a "programação lógica". De início, eu pensei que seria uma matéria parecida com outra que tive logo quando entrei na universidade, porque havia uma grande interseção nas duas. Mas da metade pro fim, a lógica para computação tomou um caminho menos matemático e mais conceitual. A segunda e última prova podia ser inteiramente feita em Prolog, e deveria ser feita em casa e enviada para o professor no prazo de uma semana. Então, eu teria sete dias para aprender a linguagem (já que eu tinha o péssimo hábito de não frequentar as aulas) e resolver os problemas da prova.
domingo, 19 de abril de 2020
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Posfácio #4 - O Homem Duplicado
- Crítica anterior: Nós
- Crítica seguinte: Matadouro-Cinco
O Homem Duplicado
Autor: José Saramago
Ano: 2002
Gênero: Ficção
Sinopse
O que você faria se descobrisse que tem um sósia, alguém que é o seu retrato fiel, o mesmo rosto, o mesmo corpo, a mesma voz? Na sua cidade moram cinco milhões de pessoas, surpreendente seria não haver duas iguais, embora, esclareça-se desde logo, esta história nada tenha a ver com experiências de clones humanos gerados no laboratório de um cientista louco.
O que fará Tertuliano Máximo Afonso, o sossegado professor de história que, numa noite tumultuada, se vê reproduzido, como em um espelho, num ator secundário de um filme? Seu interlocutor privilegiado, não à toa chamado Senso Comum, aconselha-o a não ir em busca da cópia de si mesmo. Mas nem todos primam pela sensatez, por isso o mundo está do jeito que está.
A essa mesma conclusão desabusada chegará o leitor que acompanhar o extraordinário caso de Tertuliano, o homem duplicado. Pois as singularidades são irredutíveis, e quando um rouba a individualidade do outro, ainda que simbolicamente, ambos perdem a identidade, sem a qual ninguém vive. O professor de história ou o ator: um dos dois abriu a caixa de Pandora; um dos dois está sobrando.
terça-feira, 17 de março de 2020
Meu encontro com as palavras de Edgar Allan Poe
Trago-lhes uma história. Muitos aqui sabem que um dos meus escritores favoritos, senão o favorito, é Edgar Allan Poe. Um dos meus sonhos é poder visitar seu museu, em Boston, nos EUA, e poder ver de perto um pouco mais sobre essa pessoa que considero extraordinária no campo literário. Hoje, contarei meu encontro com o sr. Poe.