terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Posfácio #3 - Nós

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Nós


Autor: Eugene Zamiátin
Ano: 1924
Gênero: Distopia

Sinopse

D-503 é um engenheiro que vive pleno e feliz (exatamente como ordena o grandioso Estado Único), mas começa a duvidar das próprias convicções ao conhecer uma misteriosa mulher que comete a ousadia de burlar regras, e que o contamina com a doença chamada imaginação. Escrita em 1923, a renomada distopia Nós imaginou a vida sob um governo totalitário que eliminou por completo a noção de individualidade, em uma história que inspirou clássicos como 1984 e Admirável mundo novo. [retirada do livro]

domingo, 1 de dezembro de 2019

Cultura de cancelamento: um exemplo histórico do seu perigo

Hoje de manhã, eu finalmente terminei de ler "Nós", de Eugene Zamyátin. Foi uma grande experiência literária, e uma resenha do livro virá logo em breve, não se preocupem. Mas, antes de discutirmos a história e estilo encantador e sinestésico da sua narrativa, acho que seria uma boa falarmos um pouco sobre o autor e sobre a tão famosa cultura de cancelamento - e por que eu penso que isso é um comportamento preocupantemente aceitável nos dias de hoje.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Posfácio #2 - eleanor & park

eleanor & park



  •  Autora: Rainbow Rowell
  •  Ano: 2012
  • Gênero: romance de amor; ficção juvenil

domingo, 29 de setembro de 2019

o relato da expedição sem bússola

A vida é uma enorme sucessão de problemas, às vezes temperada com alegria, esperança e paz, para fazer contraste com o amargor dos fracassos e, assim, proporcionar uma boa refeição existencial. Cada um de nós possui uma maneira diferente de lidar com os fatos e com essa realidade inescapável. Há quem veja a maximização do prazer como o propósito último e inerente ao ser humano. Outros preferem abraçar a indiferença silenciosa do universo. Juntamente com esses pensamentos, nascem os instrumentos pelos quais nós veiculamos nossas biópsias frequentes, nosso derramar de emoções e sentimentos. Julgo pertinente dar-lhes o nome de arte.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Afinal, HTML é ou não é linguagem de programação?

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<h3> A (im)popularidade </h3>



Há um ano, eu decidi ingressar num projeto de software com um amigo meu. Não é uma coisa muito complexa, mas requer tempo, dedicação e estudo consideráveis. Mais recentemente, comecei a aprender o necessário para se montar uma página da Web, já que planejamos uma aplicação em navegador para nosso produto. Entre as ferramentas, está a famosa linguagem HTML (quase sempre vinculada, aliás, com sua parceira inseparável, CSS). O motivo por tamanha fama é bastante simples: ela é o esqueleto de todas as páginas de Internet que você vai encontrar na vida, pelo menos até o momento em que este texto está sendo produzido. É com ela que os sites que você acessa são feitos.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Pós-créditos #2 - Annabelle Comes Home

Annabelle Comes Home (Annabelle 3: De Volta Para Casa)



Ficha técnica:

Ano: 2019
Gênero: terror, suspense
Direção: Gary Dauberman
Duração: 106 min (1h46)

quinta-feira, 30 de maio de 2019

a importância de livros triviais

o mar

Sabe, como escritor, sempre chegam pontos na vida literária quando a gente começa a se questionar um pouco sobre a validade dos nossos esforços e a proporção com a qual eles serão recompensados. Eu, por exemplo, adoro livrarias e bibliotecas. Mas era inevitável pensar na quantidade enorme de livros diferentes naqueles lugares, e no fato de que os que eu viesse a publicar, algum dia, seriam só mais um dentro daquele universo gigante. Sem quase nenhuma relevância para a maioria esmagadora de clientes do estabelecimento.

É mais ou menos como me sinto em relação ao universo em que vivemos. De fato, somos insignificantes comparados a tudo que existe, mas, a meu ver, tem uma diferença essencial nesses dois casos. Nós não nascemos com um propósito específico. Ninguém nasce para algo. No entanto, a beleza de se viver está justamente em se dar um sentido, em tornar sua vida em algo que valha a pena relembrar setenta anos lá na frente. Já os livros são feitos com um propósito intrínseco - serem lidos. Claro que há o objetivo de satisfação pessoal de seus autores e autoras, entretanto, ninguém pode negar que o fim último de uma obra literária é atingir leitores, impactar pessoas, penetrar vidas. Não tem coisa melhor que ver alguém falando como um livro lhe causou mudanças de pensamento e comportamento. Contemplar esse poder é o grande sonho de todo escritor. Meu, inclusive.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Pós-créditos #1 - O Lagosta (The Lobster)

Teaser Trailer

Eu acho que uma das melhores coisas de apreciar obras de arte é poder discuti-las depois com outras pessoas. Do mesmo jeito que fiz com livros, começando com "Eu, Robô" de Isaac Asimov (que você pode ver aqui), decidi fazer o mesmo com filmes. Acho que eles terão maior presença aqui, dado que são bem mais sucintos que as centenas de páginas que compõem as obras literárias. A estrutura será a mesma: a ficha técnica, seguida da sinopse do filme; minha crítica (sem spoilers) e uma breve análise pessoal sobre o conteúdo abordado.

O Lagosta (The Lobster)



Ficha técnica:

Ano: 2015
Gênero: comédia romântica, ficção científica
Direção: Yorgos Lanthimos
Duração: 118 min (1h58)

terça-feira, 26 de março de 2019

Posfácio #1 - "Eu, Robô"

Uma breve introdução

Este texto, juntamente com outros futuros, fará parte de uma pequena série, na qual eu farei críticas de obras literárias que leio. Confesso que decidi fazer isso, em parte, porque é uma maneira eficiente de me motivar a ler frequentemente - coisa que, infelizmente, tenho deixado de fazer há mais de um ano. Ler e escrever estão intrinsecamente relacionados um ao outro, pelo menos em meu estilo de vida, então considerar ler mais livros para que eu possa escrever sobre eles me parece uma ideia muito boa. Portanto, permitam-me explicar como as coisas serão feitas por aqui.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

algo falta,

Foi realmente uma grata conveniência a ideia de esta publicação ter vindo logo após um texto que trata de arte. Os objetivos e temas são bem diferentes, mas muito me agradou essa pequena conexão estabelecida. Aquilo de que falarei hoje é em parte uma discussão, em parte um desabafo. Toda pessoa tem um lado artístico dentro de si, e sempre é muito admirável quando ele se desenvolve e nos dá frutos. Mas a habilidade tem seu preço, e ela traz consigo alguns efeitos colaterais aos quais todos nós, conscientes ou não, somos submetidos. Um contrato invisível e interno dita os direitos e deveres dos artistas. Vale reforçar a noção de que as cláusulas não são concretas, mas sim meramente psicológicas - não que isso as torne mais brandas e suaves. Assim como cada ser humano é único, também o é cada contrato. E a verdade é que eu tenho sofrido com o meu durante os últimos meses e, talvez, até durante o último ano.