domingo, 16 de dezembro de 2018

Computadores e a crise do verdadeiro artista

Importante: não sou especialista em arte, nem em machine learning. Este texto é apenas uma opinião, com a qual se pode concordar ou da qual se pode discordar. O debate está aberto.


Arte é uma coisa complicada e isso nunca foi novidade para ninguém. Assim como tantos outros conceitos nebulosos, as definições de arte e de seu propósito nunca foram totalmente precisas, ainda que haja incontáveis delas através dos séculos. Isso, é claro, se deve a sua volatilidade e a sua inconstância. A arte como produção é indissociável do fator temporal. Sim, muitas obras transcendem sua época, e essa vida longa lhes confere grande prestígio e sucesso. Não deixam de ser, porém, fruto do presente. Realismo, cubismo, impressionismo, dadaísmo - todos esses são movimentos artísticos distintos inseridos em tempos históricos distintos, cada qual com suas características, sua personalidade e seus artistas. Todos eles têm, entretanto, pelo menos dois aspectos em comum: o materialismo e a humanidade. Telas, paredes, cavernas, muros, esculturas... toda abstração artística sempre possuiu seu receptáculo concreto no mundo real. Além disso, tanto a concepção quanto a manufatura sempre tiveram os humanos como protagonistas. Mas, da segunda metade do século XX até aqui, emergiu um novo movimento, conhecido por arte contemporânea, cujo poder é capaz de abalar esses dois pontos em que toda a arte converge. Será que chegou a hora de inserir uma nota de rodapé na explicação e pôr uma exceção à regra?

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Um BLOG... em pleno 2018?

Boas-vindas, novamente


No fim dos anos 10 do segundo milênio de nosso vigente calendário, eu decido criar um blog. Talvez eu tenha chegado "um pouco" atrasado para isso? Afinal, aqueles que usam a internet há certo tempo concordarão que os anos dourados de blogs e fóruns online já passaram. Dez anos atrás, quem sabe até mais, havia um blog em cada esquina virtual. Como lanchonetes do Subway em postos de gasolina, eles estavam por toda parte e constituíam uma considerável massa de compartilhamento de informações - sejam elas notícias, fatos pessoais, opiniões, entre outros tipos. O surgimento e a ascensão de novos meios de compartilhamento podem ter sido fatores determinantes que levaram os blogs a caírem em desuso. Particularmente, creio eu que o YouTube, em 2005, foi um grande divisor de águas. Os vídeos tornaram tudo bem mais dinâmico e, ainda que se possa argumentar que se podia colocar vídeos em postagens nos blogs, definitivamente não é a mesma coisa. Muitos não se dariam ao trabalho de ler este texto que eu agora escrevo, por exemplo, e apenas veriam o conteúdo dentro do vídeo. E é justamente esta condensação que permite uma digestão mais rápida do que se tem a dizer.